Velejar: a ferramenta mais poderosa de team building

Como gringo de respeito, apaixonado por vela e de treinamento, sempre me perguntei porque o Brasil usa tão pouco o potencial dessa modalidade como ferramenta de coaching, liderança ou de team building. Seria interessante comparar os valores do mundo da vela com os valores das empresas mais bem colocadas do ranking Great Place To Work, tenho certeza de que acharíamos resultados muitos parecidos.

Muitos sabem sobre o retorno do investimento sem comparação das ações de marketing vinculadas à vela (apesar das empresas continuarem tímidas no Brasil).
Poucos sabem que a vela pode ser menos elitista como realmente achamos que é, e pode se tornar uma ferramenta de capacitação profissional, e de team building muito poderosa. 

Caso ainda tenha dúvidas, veja os pontos abaixo:

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Sonhos

Nós nos interessamos e, queremos saber qual foi o primeiro impulso que levou essas famílias, esses casais, essas pessoas, a sonhar em viver a bordo de um veleiro e, às vezes, conseguir.


O que te impulsiona?

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Amizade

Adorei ver esses 3 amigos sonhando em voz alta com um mundo menos louco e mais amigável, em frente à capitania, imaginando para onde iriam os barcos passando na frente deles . Uma vida tão simples, uma felicidade tão evidente…. talvez seja isso que nos atrai tanto no mar e na vela?

Velejada nordica

A catraca é sinônimo de um veleiro que chega a um tamanho autorizado a sair de perto da praia, e talvez seja por isso que a simbologia que ele carrega, esteja tão ligada a aventuras.

Foto @santaritaullaila

Port de l’Arsenal

Tiramos essa foto com um celular, dentro do metrô em Paris. Ficamos sem fôlego ao passar da agressividade do transporte público de uma cidade grande, para a poesia de um porto fluvial em meio ao caos.

Street Rage

Quem duvida do espírito de competição do ser humano, precisa participar de uma regata entre amigos, como por exemplo, a da galera do Flash Club. É impressionante como nós não sabemos como lidar com uma linha de partida, 4 boias e uma linha de chegada.

Mesmo reconhecendo a nossa fraqueza diante disso, nunca deixaremos alguém passar na nossa frente!
É pura adrenalina, e pouco importa o tamanho do barco.

Porto de La Rochelle

É difícil pensar em um porto onde a tradição, a história e a vela, tem tanto em comum como o porto da cidade de La Rochelle, na França.

Mais de 5000 barcos convivem lá, em meio a um dos melhores ambientes do mundo para a prática da vela “raiz”. A torre Saint-Nicolas, a torre de la Chaine, e a torre de la Lanterne, foram construídas no século XIV para desempenhar o papel de defesa do porto, mas também, para serem um ponto de fixação de uma corrente gigantesca que proibia a entrada de navios indesejáveis. Hoje, elas recebem os visitantes de uma forma majestosa.

Dicas par cruzeiros 7 – Equipamentos de segurança

Mais que obrigatórios, os equipamentos de segurança são indispensáveis. Verificar se eles estão a bordo, saber onde localizá-los, e explicar aos tripulantes como utilizá-los, são etapas imprescindíveis.

Os coletes salva-vidas são individuais, devem ser regulados antes de zarpar, e ficar guardados em um lugar de fácil acesso. Cada um deve vir com uma alça para amarrar às linhas de vida em caso de mau tempo, especialmente se for velejar em solitário.

Os cartuchos de enchimento automático dos coletes devem estar intocados e devidamente instalados.

Há luzes nos coletes, mas uma lanterna flash facilita sua localização caso caia no no mar à noite. Para realizar as manobras, uma lanterna frontal é a melhor opção pois, permite que você trabalhe com as 2 mãos e mantenha a concentração durante seus afazeres. No barco, as luzes de segurança devem estar funcionando perfeitamente, sem vidros quebrados. E os foguetes de emergência, precisam estar dentro da data de validade, guardados em um local seco, e de fácil acesso. 

Todos conhecem a bóia salva vidas, mas frequentemente acreditam que existe um posicionamento ideal para pendurar, com escotas ou cabos. Não caia nesta armadilha, sempre deixe-a  livre: em caso de homem ao mar os segundos são de extrema importância. Da mesma forma que a bóia deve ter fácil acesso, deixar disponível um cobertor corta fogo perto da cozinha, pode impedir o início de um incêndio, ou até mesmo algo pior. 

Todos que estiverem no barco devem saber utilizar o rádio VHF,  e os devidos canais de emergência o comunicação. O certo é deixar o canal no 16 para monitorar chamadas de emergência e, se comunicar via canal  68, apesar de a maioria ficar conectada só no canal 68. Lembre-se também de que quanto mais alta a antena for, maior será o alcance. 

No mar, mais do que na terra, é melhor prevenir do que remediar. Seja proativo, verifique as regras e cuide com responsabilidade da sua tripulação.

Lista oficial da marinha dos itens de segurança, verifique suas obrigações em função da sua embarcação e da sua zona de navegação: https://www.marinha.mil.br/cprj/itens_seguranca_obrigatorios

Sparkman Stephens Glory 43.7

Madeira e veleiros tem uma história comum. Os sentidos entrelaçados se espalham um no outro, como se fossem um. Podemos nos apaixonar por uma madeira e sentir uma vontade irresistível de querer tocá-la, da mesma forma que podemos perder a razão quando se trata de trabalhar em um veleiro.

Esse Sparkman Stephens Glory 43.7, construído em 1961 no Brasil, faz parte desses barcos clássicos que chamam a atenção.

É razoável? Provavelmente não, mas quem se preocupa?

Foto oferecida pelo Fábio, que está vendendo o dele. Acesse o Link para mais informações: https://www.eboat.com.br/anuncio.aspx?id=5864

Dicas para cruzeiros 6 – Ancoradouro e bote

É muito mais fácil aproveitar a praia, tendo a certeza de que está tudo certo com o ancoradouro do seu veleiro! 

O ideal seria ancorar em fundos marinhos lodosos ou arenosos e, evitar pedras e algas.
A regra é, usar de corrente a medida de 3 vezes a altura da água em mar aberto. Se as condições climáticas estiverem difíceis, dobre o tamanho. Lembre-se de que uma âncora funciona perfeitamente quando a tração exercida sobre ela é horizontal. 

Quanto maior o vento, maior deve ser o comprimento da corrente.

Sempre deixe a corrente correr aos poucos depois de ter largado a âncora, não jogue tudo de uma vez. Uma boa técnica é ficar de frente ao vento, estabilizar o barco antes da ancoragem e , dar ré com o motor para propagar adequadamente o comprimento da corrente. Ao soltar a âncora fica fácil esquecer de tirar o freio, tome cuidado! 

É sempre bom ter uma segunda âncora por segurança ou, em alguns casos, para usar em triângulo e limitar os movimentos do barco, (mas tome cuidado caso de outros barcos vizinhos estejam soltos em cima de um ancoradouro só). Ou, como um cabo de amarração extenso caso precise usar até chegar em um ponto de amarragem na terra. Vale a pena dar ré, para verificar se a âncora está segurando bem o barco! 

Acessórios que podem ser de grande ajuda nesses momentos, e você não pode se esquecer de levar:

-Sonda manual (especialmente se quiser encalhar na praia).
-Manivela para o guincho (caso ele falhe também).
-Luvas na caixa da âncora. 

Ao subir a âncora de volta, várias situações podem acontecer e impedir a manobra.
A dica é, sempre prever um arinque com um cabo e uma bóia, que você poderá usar para puxar a âncora em um outro sentido. 

Por fim, nem é necessário dizer que o bote e o seu motor precisam estar em ótimo estado. Se o remo estiver dentro dele e, se a bomba estiver de fácil acesso, também facilita caso algo dê errado. Sempre verifique se tem gasolina no tanque, e amarre o motor de apoio com um cabo de segurança adicional quando for guardá-lo no veleiro, pois os parafusos podem se soltar.

Multishine 53

Se os barcos novos, esportivos ou depurados são altamente atrativos, achamos um charme indescritível os barcos usados, carregados, pesados e bem equipados.
Eles trazem consigo histórias, um estado de espírito que nos fala, que aqui, alguém abriu mão de uma vida normal para entrar no universo da vida a bordo de um veleiro, e nos desperta a vontade de fazer o mesmo!

Nota: boa parte deste barco foi construído pelo Andy, dos veleiros MOD, muito populares no Brasil: https://www.facebook.com/modyachts/

Dicas para cruzeiros 5 – Aparelhamento e velas

De acordo com o site www.linguee.com.br “Aparelho é o nome genérico empregue pela náutica para se referir ao conjunto propulsor dos veleiros: mastro, massame, moitões e poleame.” É preferível que todos esses equipamentos estejam em bom estado para desempenhar um funcionamento com qualidade, garantindo seu prazer e sua segurança! Um controle visual bem feito permite identificar muitos pontos importantes.

Com os cabos de brandal esticados é possível investigar alguns deles.
Os estais e os cabos de sustentação devem estar devidamente fixados, colocando a cabeça perto do mastro pode-se identificar se o mastro foi desviado para direita ou para esquerda.

Antes de sair do porto, é melhor desenrolar a genoa e subir a vela mestra para verificar o estado dos dispositivos e das guias. É recomendável deixar dois rizos preparados para a vela mestra, a fim de facilitar a manobra no mar, se o tempo virar. Verifique também, se as adriças estão livres para facilitar o processo de subir a vela mestra.

Por fim, leve com você pelo menos 2 manivelas de catraca e, se tiver coragem, coloque fita isolante nas manilhas para limitar os riscos de rasgar suas velas.

Próxima etapa: ancoradouro e bote